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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Influência do Pensamento Evolucionista no Processo de Colonização das Américas


     
  O início da colonização das Américas pelos europeus no século XV marcou a entrada de uma nova Era para a humanidade, uma Era de grandes transformações da mentalidade. O contato com civilizações e pessoas de hábitos, crenças, comportamentos e visões completamente diferentes fez com que o homem europeu pensasse a si mesmo e ao outro. Esse choque de culturas originou novas ciências, como a Antropologia, que tem como objetivo estudar o homem.
  A primeira questão com respeito aos povos indígenas que, a primeiro momento, foram vistos como selvagens e pagãos, era se eles deveriam ser considerados seres humanos.
Os religiosos da Cristandade que ali chegaram, e tinham o objetivo de catequizar seus habitantes, foram os primeiros a levantarem essa questão, porque isso determinaria se seriam convertidos ou não.
  A Antropologia, naquele tempo, mesmo antes do surgimento do evolucionismo biológico de Charles Darwin, passou a gerar ideias evolucionistas para explicar o processo do primitivo a caminho da civilização. Os Antropólogos pioneiros acreditavam que a humanidade possui etapas de desenvolvimento, tendo como ápice a civilização. O entendimento então passa a ser de que os povos primitivos, que habitavam a América, tinham como destino chegar à civilização, assim como os europeus já haviam chegado. Os europeus passam a concluir que deveriam cumprir a nobre missão de colonizar esses povos e acelerar seu progresso rumo à civilização.

  De fato, a Antropologia, a princípio trabalhou a serviço da colonização, bem como a religião. Uma visão etnocentrista a favor dos europeus e em detrimento das culturas indígenas passa a ganhar corpo.
Mas, em décadas recentes, o empenho de alguns cientistas antropólogos e de outras especialidades, tem demonstrado através de muita pesquisa e reflexão que o que determina se uma comunidade é desenvolvida ou não, não é o avanço tecnológico, mas que cada civilização deve ser vista em si mesma, não em comparação com outras, mas pelas suas próprias peculiaridades. Assim, mesmo vivendo nas florestas, as comunidades indígenas podem ser vistas como evoluídas pelas riquezas de suas culturas e tradições.

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